Prevenção pode salvar 16 milhões de vidas por ano, defende a OMS
As doenças não transmissíveis como câncer e diabetes causam 38 milhões de mortes, por ano, das quais 16 milhões poderiam ser evitadas com medidas preventivas, aponta relatório divulgado hoje (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A comunidade internacional tem a possibilidade de mudar o curso das doenças não transmissíveis", declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, na apresentação do relatório.
"Ao investir entre um e três dólares por ano e por pessoa, os países poderiam diminuir fortemente o número de doentes e de mortes devidos a essas doenças não transmissíveis", como câncer, doenças cardíacas, pulmonares, respiratórias e diabetes, afirmou.
No ano que vem, cada país deveria fixar objetivos para a introdução destas medidas preventivas, uma vez que sem elas "milhões de vidas serão novamente perdidas muito cedo", defendeu Margaret.
Em 2000, 14,6 milhões de pessoas morreram prematuramente na sequência de doenças não transmissíveis, por falta de prevenção. Esse número passou para 16 milhões em 2012, de acordo com dados da OMS.
As mortes prematuras por causa de doenças não transmissíveis podem ser evitadas por meio de políticas antitabagistas, contra o abuso do álcool e promoção de atividades físicas e desportivas.
De acordo com a OMS, são sobretudo os países de renda média que devem apostar neste tipo de política, uma vez que as mortes devido a doenças não transmissíveis são superiores às causadas por doenças infecciosas.
Seis países registram as taxas mais elevadas de mortes prematuras: Afeganistão, Fiji, Uzbequistão, Cazaquistão, Mongólia e Guiana. Cerca de 28 milhões de mortes causadas por doenças não transmissíveis ocorrem em países de renda média ou baixa.
Em 2013, a OMS lançou um plano de ação, com nove objetivos, para reduzir em 25%, até 2020, o número de mortes prematuras.
O tabaco mata 6 milhões de pessoas por ano; o álcool, 3,3 milhões; a falta de exercício físico, 3,2 milhões; e o excesso de sal na alimentação, 1,7 milhão.
A OMS está também preocupada com as consequências da obesidade infantil, e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, hipertensão, ou doenças ligadas à artrose. Atualmente, 42 milhões de crianças, com menos de cinco anos, são obesas.
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