Locação de equipamentos pode levar tecnologia a instituições com menos recursos e reduzir lixo eletrônico
Um dos maiores gastos de qualquer centro de saúde é com equipamentos, já que além do preço de compra, eles exigem manutenções e atualizações. Por isso, a locação aparece como uma tendência de mercado, sendo uma excelente solução para empreendimentos que pretendem diminuir custos, uma vez que a ociosidade representa receita perdida para os hospitais e menos leitos hospitalares – um assunto que vem dominando os noticiários globais há quase dois anos, devido à pandemia.
A Clean Medical trabalha com locação dos melhores e mais atualizados equipamentos hospitalares do Brasil, sendo referência no mercado, com todas as certificações exigidas e procedimentos de qualidade. Uma vez que os aparelhos são locados, a empresa é responsável pelas calibrações e possíveis manutenções necessárias sem que o hospital tenha que arcar com gastos extras.
Sob a gestão da família Meneguetti, a Clean Medical começou pequena em 2010, com pouco mais de 50 equipamentos locados dentro de uma estrutura de 60 m². Aos poucos foi conquistando cada vez mais espaço e tem, atualmente, mais de 3.000 equipamentos alugados em 280 hospitais. “Estamos falando de máquinas importadas. Em alguns casos os consertos podem demorar até dois meses”, explica Lucas Meneguetti, CEO da empresa.
Na cidade de São Paulo, principal mercado da Clean Medical, os chamados de assistência são atendidos em até quatro horas. Caso não seja possível resolver o problema na hora, a empresa repõe os equipamentos – de diversas marcas e modelos – de forma rápida e segura.
Consciente que a atualização do parque tecnológico é algo extremamente caro, porém necessário, A Clean Medical apresenta uma combinação de custo/benefício gerada através da economia com a aquisição e manutenção de equipamentos e da atualização tecnológica. “Somos a empresa que mais cresce no segmento de locação, com a maior e melhor linha de equipamentos”, ressalta o diretor, Julio Eduardo Meneguetti.
Aporte
Superando as expectativas de crescimento durante a pandemia, a Clean Medical contratou a assessoria financeira da JK Capital para encontrar um sócio investidor, numa aposta de que a locação não só libera capital para os hospitais, como aumenta a vida útil das máquinas, eleva a oferta de leitos hospitalares, faz a tecnologia chegar a instituições com menos recursos e ainda reduz o lixo eletrônico.
E para escalar seu modelo de aluguel de aparelhos hospitalares, acaba de receber um aporte de aproximadamente R$ 70 milhões da GEF Capital Partner, gestora de private equity com temática de sustentabilidade. Valor esse que será utilizado em duas frentes: expansão comercial e ampliação do menu de produtos.
Um dos objetivos é aumentar a presença em todo o território nacional, o que deve exigir também a criação de centrais regionais para a prestação de assistência técnica ágil. Outra parte do trabalho será vender a ideia. “Muitos hospitais nem sabem que existe a opção de aluguel”, diz o CEO. “Encontramos equipamentos em uso há 30 anos.” Lucas afirma que, nos Estados Unidos, por exemplo, quase a totalidade dos hospitais aluga seus equipamentos.
A chegada do GEF Capital também deve acelerar o processo de profissionalização da Clean Medical.
Impacto social
Hoje, a regra é que os hospitais – dos mais tecnologicamente sofisticados de grandes centros aos regionais e de menor porte – comprem e tenham de lidar com a manutenção. E essa é só uma parte do problema. Quando chega a hora de fazer um upgrade, o hospital não pode passar o equipamento adiante. As opções são fazer um trade-in com o fabricante ou então descartá-lo. Mas, muitas vezes os aparelhos descartados estão em perfeitas condições de uso, só não são de última geração.
Alguns desses equipamentos acabam no mercado negro, seja para o uso das peças ou mesmo em outros hospitais. Porém, a prática é ilegal, e obviamente não há nenhum tipo garantia do fabricante. A Clean Medical aposta que o modelo de aluguel pode permitir uma vida muito mais longa para esses equipamentos.
Com o tempo, a expectativa é que haja um fluxo constante de equipamentos mais antigos – mas não obsoletos – dos grandes centros para os hospitais regionais. “Saindo dos grandes centros, o nível tecnológico e de gestão dos hospitais cai muito”, pontua Lucas.
“Queremos medir na vírgula o ganho na eficiência do uso desses recursos e também a longevidade dos equipamentos”, afirma Tiago Gomes, vice-presidente da GEF. “Acreditamos num impacto social importante, pois vamos chegar a hospitais em regiões do país que talvez não tivessem esse acesso de outra maneira.”
Fonte: Portal Hospitais Brasil
Escrito por: Sérgio Teixeira Jr.
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