Entidades médicas pedem padronização de termos usado em diploma de medicina

RIO - O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) querem que as 242 escolas médicas do país utilizem apenas o termo “diploma de médico” nos documentos que atestam a conclusão da graduação de medicina. Para isso, as entidades formalizarão um pedido junto ao Ministério da Educação, já que atualmente as instituições podem usar, além do referido termo, o título de "bacharel em medicina".

 

Em função disso, algumas instituições chegam a recusar os documentos dos profissionais brasileiros ou fazem com que precisem encarar uma série de burocracias para comprovar a equivalência entre os dois termos.Segundo a assessoria do CFM, muitos profissionais têm relatado dificuldade em obter equivalência de diplomas em outros países, quando tentam frequentar cursos de pós-graduação e programas de intercâmbio. Isso porque as instituições exigem uma tradução juramentada dos certificados e, em muitas nações, não existe o termo “bacharel em medicina”.

 

A solicitação diz respeito ao que o CFM classifica como um impasse gerado pela publicação do parecer 25/2014, do Conselho Nacional de Educação (CNE), no qual expressa o entendimento de que no diploma do egresso deveria constar a nomenclatura “Bacharel em Medicina”, apesar de reconhecer a igualdade da qualificação entre os títulos de médico e de detentor de bacharelado.

 

Além de pleitear o pedido junto ao MEC, o CFM informou que também já está acionando as universidades para que deixem de adotar o termo "bacharel em medicina".

 

Por meio de nota publicada no Facebook, o CNE informou ter estabelecido uma equivalência legal entre as duas denominações, "médico" e "bacharel em medicina", embora a denominação "médico" seja a mais usada tradicionalmente. Segundo o órgão, as universidades têm autonomia para adotar a denominação que preferirem. No âmbito do MEC, não há discussão sobre o uso dessas denominações.