Agência vai acreditar cursos de saúde coletiva

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AAP vai qualificar e reconhecer cursos de pós-graduação em saúde pública e coletiva.
 
Reconhecer e qualificar os cursos de especialização na área de saúde pública: este é o objetivo da Agência de Acreditação Pedagógica dos Cursos lato sensu em Saúde Pública/Coletiva (AAP), lançada durante as comemorações de 35 anos da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em Brasília. O projeto era um sonho antigo da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, da Abrasco, e contou com apoio da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS).
 
“A instalação da Agência é um avanço para a qualidade dos processos formativos profissionais neste campo”, declarou a coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, Rosa Souza.
 
Além de Rosa, estiverem presentes no evento o representante da Organização Pan- Americana da Saúde (OPAS/OMS), Felix Héctor Rigoli; o presidente da Abrasco, Luis Eugênio Portela; o diretor da Ensp, Hermano Castro; o secretário Executivo da AAP e pesquisador da Ensp, José Inácio Motta; o secretário Executivo Adjunto da AAP, Murilo Wanzeler; a coordenadora do GT de Trabalho e Educação na Saúde da Abrasco, Isabela Pinto; além de representantes do Ministério da Saúde, de participantes do Grupo de Condução e de alguns dirigentes das escolas integrantes da rede.
 
Isabela Pinto argumentou que o processo de qualificação, desencadeado a partir da Agência, pode fortalecer e qualificar a saúde pública brasileira. “Nada melhor do que uma associação científica, com reconhecimento para a saúde coletiva, para conduzir esse processo de Acreditação Pedagógica, que, em última instância, terá resultado e impacto nas práticas de saúde, pois quando qualificamos as Escolas de Saúde Pública, fortalecemos o SUS”, garantiu ela.
 
Para o secretário executivo da agência acreditadora, José Inácio Motta, a instalação da Agência cria um marco divisório no país no sentido de pensar uma ideia de qualidade para a formação para o trabalho e no trabalho em saúde. “Isso é de absoluta relevância no SUS, na medida em que não temos nenhum procedimento de avaliação da qualidade na formação para o trabalho. Temos um desafio brutal de consolidar a Agência como uma cultura institucional, o que significa ela se tornar perene e poder contribuir para dar visibilidade aos processos formativos para o trabalho, como também criar a ideia de que tais processos podem gerar qualidade no âmbito da gestão e das práticas de saúde do SUS”.